Óleo Amêndoas Doces

O óleo vegetal essencial para ter por casa!

O Óleo de Amêndoas Doces – Prunus Amygdalus Dulcis seed oil, é um Óleo Vegetal obtido do caroço de sementes maduras da Amendoeira, pertencente à família Rosaceae [1], sendo que Portugal é um importante produtor de amêndoas, principalmente no Algarve e Trás-os-Montes [2].

Tradicionalmente, a amêndoa tem sido usada para diferentes preparações, como óleo, xarope, leite, doces, bolos e também para preparações farmacêuticas e cosméticas. O leite de amêndoa, por exemplo, tem sido utilizado como suplemento nutricional para pacientes com anemia, crianças em crescimento e gestantes, pelo seu alto valor nutricional [1].

A amêndoa é um importante componente da dieta mediterrânea, rica em ácidos gordos insaturados, principalmente ácido oleico e ácido linoleico e, quando adicionada à dieta, aumenta o colesterol HDL e reduz o colesterol LDL, melhora o controle do peso corporal e reduz o risco de distúrbios de saúde relacionados à obesidade, como doença cardíaca e diabetes tipo II [3,4].

As sementes de amêndoa contêm compostos fenólicos e alguns micronutrientes, vitaminas e minerais com diferentes actividades biológicas [5]. Têm propriedades com efeitos anti-inflamatórios, imunoestimulantes e reduzem os sintomas do síndrome do intestino irritável, sendo também útil no tratamento da obstipação [6,7].

Os resultados de alguns estudos científicos indicam que os óleos de amêndoa, ricos em ácido oleico, mediam o efeito anticancerígeno das células do carcinoma do cólon [8].

A actividade hepatoprotetora e anticancerígena do óleo de amêndoa tem sido relatada por algumas pesquisas, in vivo, nomeadamente, estudos em animais que mostraram evidências de que o óleo de amêndoa está intimamente associado à redução na incidência de cancro do cólon [9,10].

Como mencionado acima, as amêndoas são úteis no tratamento de muitos distúrbios. Na pele, é particularmente útil em doenças como acne, eczema e psoríase e, embora seja utilizado para todos os tipos de pele, é particularmente eficaz para a pele seca e propensa a irritação e comichão [11].

No artigo sobre os óleos Vegetais, mencionamos que os mesmos contêm ácidos gordos semelhantes aos encontrados na epiderme, que são intervenientes em muitos processos fisiológicos e importantes componentes da membrana celular, necessários para a manutenção, integridade, reparação e defesa da pele. No óleo de amêndoas doces destacam-se o ácido Oleico (62 - 86%) e Linoleico (20-30%), sendo que o ácido oleico (ómega 9), tem a capacidade de promover a penetração na pele, quando aplicado localmente, através de um mecanismo que inclui o amolecimento da camada córnea (capacidade emoliente), reforçando a sua hidratação podendo chegar até às camadas mais inferiores da pele [1,12].

Estudos demonstraram que a pele seca contém uma quantidade reduzida de ácido linoleico (ómega 6), o que sugere que esse ácido gordo é necessário para uma correcta função de barreira protectora e da hidratação da pele. Provou-se, também, que as ceramidas presentes na epiderme contêm vários derivados de ácidos gordos, sendo 41% deles ácido linoleico, considerado essencial para algumas funções, como a síntese de prostaglandinas, que estão envolvidas, por exemplo, em respostas inflamatórias e de defesa do organismo [1].

O Óleo de Amêndoas Doces possui propriedades rejuvenescedoras, regeneradoras, hidratantes, nutritivas e antioxidantes [13]. Estudos mostraram que a casca da amêndoa, em particular, tem um alto potencial para aplicação em novas formulações antioxidantes [14,15].

No óleo de amêndoa doces estão, também, presentes compostos como esqualeno, tocoferol (Vitamina E) e fitoesteróis (principalmente sitosterol, campesterol e estigmasterol) que fornecem à pele substâncias altamente nutritivas, essenciais para o crescimento saudável, regeneração e prevenção do desgaste da pele, auxiliando na formação de colagénio – proteina estrutural das células – que favorece a firmeza da pele, beneficia a cicatrização e protege a membrana celular contra a oxidação dos lípidos que, por consequência, atrasa o processo de envelhecimento celular. A sua aplicação melhora a tonicidade e a flexibilidade da pele, mantendo-a rejuvenescida [1].

Assim, com alto teor de ácidos gordos e poder emoliente, que favorecem a restauração do equilíbrio lipídico da pele, o óleo de amêndoas doces é amplamente utilizado em cosméticos como excipiente, lubrificante, restaurador e agente de reepitelização (fase do processo de cicatrização) para produtos destinados à higiene e tratamento de peles sensíveis e pele de crianças e idosos [1], cremes para massagem e outros produtos cosméticos com actividades hidratantes e antioxidantes [16].

Na Essência o Óleo de Amêndoas Doces é usado em todas as nossas massagens, pois tem um efeito natural de aquecimento ideal para o alívio da tensão muscular e dor, e como veículo de diluição dos óleos essenciais.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA (aproximada)[1]

Proteínas ________________19 g

Carboidratos _____________4,8 g

Fibras ___________________15 g

Ácidos Gordos Saturados __ 4,2 g

Ácidos Gordos Insaturados

Monoinsaturados ___36,6 g

Poliinsaturados -____10 g

Vitamina E _____________ 26,18 mg

Cálcio_________________ 248 mg

Fitoesteróis _____________120 mg

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LIPÍDEOS A composição dos ácidos gordos da fração lipídica da amêndoa doce

Ácido Palmítico _______________ 4 - 9%

Ácido Palmítoleico _____________ 0,6%

Ácido Esteárico ________________ 1 - 3%

Ácido Oleico __________________ 62 - 86%

Ácido Linoleico _______________ 20 - 30%

Ácido Linolénico ______________0,4%

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REF. BIBLIOGRÁFICAS:

1 - Sweet almond oil – provital group, natura efficacy, V 03-10/06 (SweetAlmondOilTechLitv,31006) www.centerchem.com

2 - Cordeiro, V.; Monteiro, A. Almond growing in Trás-os Montes Region (Portugal). Acta Hortic. 2002, 591, 161-165

3 -Hollis J, Mattes R. 2007. Effect of chronic consumption of almonds on body weight in healthy humans. Br J Nutr. 98:651–656.

4 - Damesceno NRT, Peres-Heras A, Serra M, Cofan M, Sala-Vila A, Salas-Salvode, Ros E. 2011. Crossover study of diets enriched with virgin olive oil, walnuts or almonds. Effects on lipids and other cardiovascular risk marker. Nutr Metabol Cardiovasc Dis. 21:14–20.

5 - Ying Z, Kerry LW, Wirthensohn MG. 2015. Lipophilic antioxidant content of almonds (Prunus dulcis): A regional and variental study. J Food Composition Anal. 39:120–127.

6 - Esfahlan JA, Jamei R, Esfahlan JR. 2010. The importance of almond (Prunus amygdalus L.) and its by-products. Food Chem. 120:349–360.

7 - Zeeshan A. 2010. The uses and properties of almond oil. Compliment Ther Clin Prac. 16:10–12.

8 - Filiz Mericli, Eda Becer, Hilal Kabadayı, Azmi Hanoglu, Duygu Yigit Hanoglu, Dudu Ozkum Yavuz, Temel Ozek & Seda Vatansever. Fatty acid composition and anticancer activity in colon carcinoma cell lines of Prunus dulcis seed oil. Research Article Journal, Pharmaceutical Biology Volume 55, 2017 - Issue 1

9 - Davis PA, Iwahashi CK. 2001. Whole almonds and almond fractions reduce aberrant crypt foci in a rat model of colon carcinogenesis. Cancer Lett. 165:27–33

10 - Jia XY, Zhang QA, Zhang ZQ, Wang Y, Yuan JF, Wang HY, Zhao D. 2011. Hepatoprotective effects of almond oil against carbontetrachloride induced liver injury rats. Food Chem. 125:673–678.

11 - Buckle J. 2002. Clinical Aromatherapy. Therapeutic uses for essential oils. Adv Nurse Pract. 10:67–68

12 - Leonardi, G. R. Cosmetologia Aplicada. São paulo: MediPharma, 2004.

13 - DONG, Q.; BANAICH, M.S; O’BRIEN, P.J.Cytoprotection by almond skin extracts or catechins of hepatocyte cytotoxicity induced by hydroperoxide (oxidative stress model) versus glyoxal or methylglyoxal (carbonylation model).Chemico-Biological Interactions, [S.I.], v.185, p. 101-109, 2010

14 - Keser, S.;Demir, E.; Yilman, O. Phytochemicals and Antioxidant activity of the almond kernel (Prunus Dulcis mill) from Turkey. J. Chem. Soc. Pak. 2014,36,534-541

15 - Barreira, J.C.M.;Ferreira, I.C.F.R.; et al. Antioxidante potential of chestnut (Castanea Sativa L.) and almond (Prunus Dulcis L.). by-products. Food Sci. Technol. Int. 2010,16,209-216

16 - MASSAFERA, G. Composição de ácidos graxos do óleo do mesocarpo e da semente de cultivares de abacate (Persea americana, Mill) de região de Ribeirão Preto, SP. Revista de Nutrição, Araraquara - SP, v. 21, n. 2, p. 325-331, 2010.